Assassino usou mensagem falsa para atrair e matar professora
agosto 2, 20258:34 amCinira de Brito, de 44 anos, assassinada a facadas na tarde de quinta-feira (31), em Ribas do Rio Pardo, a 98 quilômetros de Campo Grande, foi atraída até a casa do ex-companheiro, Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, após ele enviar uma mensagem afirmando que não estaria no local, mas a aguardava escondido para matá-la.
Conforme as investigações da Polícia Civil, Anderson atraiu Cinira com uma mensagem falsa via WhatsApp, dizendo que estava em Campo Grande e que ela poderia ir até a casa buscar seus pertences. Cinira, que havia encerrado o relacionamento com Anderson após descobrir uma traição e estava em um novo relacionamento havia poucos dias, acreditou estar segura e foi até o local acompanhada de uma amiga.
“As duas foram juntas até a casa e, quando chegaram, ele a surpreendeu por trás e passou a desferir os golpes de faca. A amiga ainda tentou ajudar, mas ele também foi para cima dela. Ela conseguiu fugir e pedir socorro”, relatou o delegado Felipe Braga, responsável pelo caso.
O crime ocorreu na residência localizada na rua Benvindo Fogaça, no bairro Centro Velho. Segundo a polícia, Anderson estava escondido nos fundos da casa. Cinira foi atingida por aproximadamente sete facadas e morreu no quintal antes da chegada do socorro.
“O relacionamento deles não aparentava ser conturbado, sem registros anteriores de brigas, mas isso ainda está sendo apurado. Vamos ouvir testemunhas, vizinhos, e verificar o conteúdo do celular da vítima”, afirmou o delegado.
Ainda de acordo com Braga, após o crime, Anderson tentou se matar: “Ele se feriu e ingeriu veneno. Como foi ficando mais fraco, sentou em um banco aguardando ajuda. Foi levado ao hospital sob escolta, mas morreu na Santa Casa de Campo Grande”.
A Polícia Civil também apreendeu o celular de Cinira e recolheu imagens de câmeras de segurança da vizinhança. Uma carta supostamente deixada por Anderson foi entregue à polícia por um vizinho e será periciada. “Estamos checando a veracidade da carta”, acrescentou o delegado.
Cinira era natural de Presidente Venceslau (SP) e vivia há cerca de dois anos em Mato Grosso do Sul. De acordo com a polícia, ela e Anderson viveram juntos por sete anos e haviam se mudado para Ribas do Rio Pardo vindos de Bataguassu. Ela trabalhava como professora em escolas do município.
Campo Grande News