CANTINA DA TIA MARY

novembro 27, 20234:55 pm

Comida de verdade com gostinho de quero mais!

 

 

Em Corumbá a maior referência em culinária caseira é sem dúvidas a Cantina da tia Mary. Um nome muito simples funcionando num ambiente super aconchegante e um com um cardápio diversificado e deliciosamente caseiro.

Na verdade, o cardápio bastante variado para almoço e se você quer uma refeição rápida ou quer algo mais elaborado, sempre será muito bem-vindo, uma vez que a Mary e toda a sua equipe sempre atenderá todos os gostos.

A proprietária é Marivalda de Pinho Costa, que viu surgindo aos poucos em sua vida o gosto pela culinária. Como ela mesmo gosta de frisar, “eu não sou daquelas apaixonadas por cozinha desde criança, a vida foi me conduzindo a essa paixão que hoje é tudo na minha vida”.

A primeira oportunidade veio quando começou a trabalhar como ajudante de cozinha no Restaurante La Pastina Nossa com um acordo de experiência de três meses, sem assinar a carteira. O convite foi de uma amiga que sempre foi cozinheira. Mary confessa que não manjava nada de cozinha, não tinha nem ideia de como funcionava um restaurante, mas encarou o desafio. Na oportunidade de emprego ofertada, Mary viu nascer em poucos dias o gosto pela culinária.

Aprendendo com grandes mestres

Como ajudante de cozinha, Mary cortava legumes, arrumava as saladas e aos poucos foi recebendo outras atribuições que fizeram crescer o seu interesse. Quando deu por si, já estava preparando alguns pratos. “Eu  fui aquela ajudante que procurava auxiliar e ir atendendo”, confirma Mary.

Ao fim dos três meses de experiência, Mary foi convidada pelo proprietário para fazer um teste definindo a sua situação no restaurante para assinar a carteira e ser contratada em definitivo. Recebendo um grande incentivo da amiga que abriu as portas, Mary fez o teste e foi aprovada com alto conceito do proprietário. “Durante o teste eu me lembrava das palavras da minha amiga, ela dizia você tem competência, você sabe, você já domina a cozinha”, valeram tantas as palavras que agora eram colegas de trabalho no La Pastina.

Mesmo passando no teste, Mary continuou como ajudante até que abriu um outro restaurante na cidade que precisava de uma cozinheira competente. E lá veio o convite para Mary trabalhar já como cozinheira ao lado de um outro amigo. Mary aproveitou a oportunidade e mudou de endereço. Durante três meses aprendeu muito com esse amigo, “hoje ele já não está entre nós mas eu agradeço muito tudo que ele me passou durante o período que trabalhamos juntos”. Foi nesse emprego que Mary teve a grande oportunidade de praticar e mostrar tudo que já sabia sobre cozinha.

Até hoje Mary afirma colocar em prática aquilo que aprendeu com o grande amigo. Até que recebeu o grande presente de fazer um curso de culinária com o famosíssimo Mestre João que acrescentou sabedoria ao talento de Mary, principalmente nos pratos de peixes.

Após o curso, Mary teve a sua carteira assinada e desta vez como cozinheira. Era mais um grande passo dado pela futura empresária.

As portas começam a ser abertas

Aos poucos, todas as portas foram se abrindo para Mary e o seu nome começava a ser conhecido em toda a cidade. A ajudante de cozinha que virou cozinheira agora tinha um nome próprio.

Após algum tempo, Mary começou a acreditar em seguir o seu próprio caminho tendo o seu restaurante. “Eu fui construindo esse sonho a cada dia que passava. Eu gostava de trabalhar onde estava, mas sonhava em trabalhar para o meu sustento”. Pronto, o sonho já existia e agora era necessário achar o melhor caminho.

O maior problema encontrado por Mary e pelo seu marido Marcos, era a falta de capital para começar o restaurante. Tinha nome, conhecimento e muita vontade, mas faltava o dinheiro para o investimento inicial. Como conseguir?

A família inteira abraçou a ideia de logo ter o seu restaurante. Então era preciso que cada um fizesse a sua parte. Começaram a participar de todos os eventos que aconteciam na cidade. Montaram barracas de comidas no São João, no Carnaval, no Fetival América do Sul, nas Serestas, enfim, onde tinha eventos, lá estava a turma da

Mary trabalhando e ofertando a deliciosa comida que consagraria pouco tempo depois o restaurante.

Os eventos foram se sucedendo e tempos depois já havia um valor que possibilitava o investimento em fogão tipo industrial, alguns jogos de mesa, freezer, pratos e talheres necessários para o início tão sonhado.

Começando um sonho

No ano de 2009 deram início aos trabalhos da Cantina da Tia Mary. Mary agora não tinha mais patrão, dependia unicamente dela e dos familiares. Ao lado do atual endereço, em uma pequena sala, Mary começou a oferecer marmitas e colocou quatro jogos de mesa de plástico esperando os consumidores e eles logo apareceram.

Filhos, filhas, esposo e outros parentes estavam diretamente envolvidos na cozinha e no atendimento.

A fama da comida fornecida por Mary e sua equipe cresceu rapidamente multiplicando as marmitas em bem pouco tempo. Logo eram dezenas de marmitas sendo atendidas diariamente com a fama continuando a crescer vertiginosamente,

A sorte começava a sorrir para Mary, em frente ao estabelecimento, foi montada a sede provisória do Instituto Federal com carga horária integral em quase todos os cursos. A maioria dos alunos tinham que ir para casa almoçar e voltar rapidamente para o turno vespertino. E foi aí que descobriram o tempero e o gosto caseiro da comida da Tia Mary.

A sala ficou pequena e as mesas logo tiveram que ser triplicadas. Eram alunos, professores e funcionários do instituto Federal fazendo filas para serem atendidos e degustando o tempero já famoso. A cantina fornecia lanche, prato feito, marmitex e o a la carte.

O proprietário do endereço atual estava reformando o prédio e ofereceu para Mary, propondo uma mudança do restaurante. Ela topou na hora, afinal já tinha fregueses que se propunham a comer até mesmo em pé para não perder o horário e não perder as delícias que só a Tia Mary sabia preparar.

Sucesso no novo endereço

No atual endereço o espaço foi aumentando aos poucos, ganhando até mesmo um ambiente ao ar livre além de possuir o aconchego apropriado da comida caseira. O espaço é limpo, bem decorado e agradável.

Apesar de ser conhecida como a rainha da comida caseira na cidade, Mary não descuida em nenhum momento da qualidade no atendimento. “Todos os fregueses precisam ser muito bem atendidos. Não adianta capricharmos no tempero se o atendimento não for de qualidade”, ressalta Mary com absoluto conhecimento de causa.

Hoje, ainda trabalham com Mary o seu esposo Marcos e vários familiares mas, dos quatro filhos do casal, duas filhas já seguem os próprios caminhos com base em tudo que aprenderam com a mãe. Uma tem restaurante em Corumbá (Delícias da Mel) de propriedade da filha Mel e outra em Campo Grande (Cantina do Marcão), pertencente à filha Bárbara.

A Cantina da Tia Mari trabalha hoje com nove funcionários, funcionando de domingo a domingo.

 

 

Paixão pelo trabalho

Mary é uma apaixonada pelo trabalho e vive como um verdadeiro símbolo de dedicação, no máximo às seis e vinte da manhã já é possível ver a Mary iniciando os seus trabalhos na cozinha, todos os dias, sendo que as primeiras marmitas começam a ser entregues às nove e meia.

Pelo trabalho, pela garra e pela vontade de vencer, a Cantina da Tia Mary está sendo agraciada com o Grande Prêmio Corumbá Profissional e empresarial, uma justa homenagem à querida empresária.

 

CARDÁPIO

 

CARNES

Bife acebolado

Bife à Milanesa

Bife à Parmegiana

 

PORÇÕES

Batata frita

Linguiça calabresa

Mandioca frita

Isca de Pintado

Carne acebolada

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