Servidor é indiciado por desviar e vender papel A4 pertencente à Prefeitura de Corumbá

outubro 31, 20256:06 am

A Polícia Civil deteve dois homens, de 32 e 43 anos, e identificou outro envolvido, de 41 anos, acusados de participar de um esquema de desvio e venda de material pertencente à Prefeitura de Corumbá.

Conforme o boletim de ocorrência número 4556/2025, registrado nesta quinta-feira (30), o caso veio à tona após servidor da Superintendência de Patrimônio e Serviços do município identificar um anúncio nas redes sociais oferecendo caixas de papel A4 da marca Chamex, com indícios de que o material pertencia ao patrimônio público. A resma com 500 folhas era vendida a R$ 25, e a caixa com dez resmas, a R$ 230.

Policiais do Setor de Investigações Gerais (SIG) foram até uma empresa localizada no bairro Popular Nova, onde o material estava sendo comercializado. No local, o homem de 32 anos, afirmou ser o responsável pelas vendas e indicou o proprietário do estabelecimento, de 43 anos, como a pessoa que teria adquirido as caixas.

Questionado, o empresário alegou ter comprado o papel no Paraguai, mas acabou se contradizendo ao ser informado de que todas as caixas traziam adesivos da Prefeitura de Corumbá. Nervoso, acabou revelando que comprava as caixas de um servidor público, de 41 anos, que trabalha no Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC). Ele apresentou ainda comprovante de um pagamento via PIX de R$ 350, feito em janeiro deste ano.

Posteriormente, o servidor compareceu espontaneamente à Delegacia e confessou ter retirado as caixas do almoxarifado da Prefeitura. Ele afirmou que as vendia ao empresário por valores entre R$ 130 e R$ 150 cada, e confirmou que o comprador sabia da origem ilícita do material.

Os investigadores apreenderam 16 caixas de papel A4, avaliadas em R$ 6 mil. Os materiais foram restituídos ao Município após avaliação e perícia. O caso foi registrado como recepção qualificada e peculato. 

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Corumbá informou que o servidor envolvido no caso está afastado de suas funções porque está em período de licença. “Caso sejam confirmadas irregularidades, poderão ser aplicadas as medidas cabíveis, que incluem sanções administrativas, chegando até à exoneração do servidor, conforme a legislação vigente”, encerra a nota. 

Fonte: Diário Corumbaense

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